top of page

São Matias, Apóstolo da Fidelidade Oculta: Eleição, Missão e Santidade no Silêncio


ARTIGO - SÃO MATIAS APÓSTOLOCaminho de Fé

 

INTRODUÇÃO

Entre as figuras discretas, mas profundamente significativas do Novo Testamento, encontramos São Matias, o apóstolo escolhido para ocupar o lugar deixado por Judas Iscariotes no colégio dos Doze. Sua eleição, narrada nos Atos dos Apóstolos (cf. At 1,15-26), é um episódio carregado de simbolismo, teologia e espiritualidade, que revela muito sobre a identidade da Igreja, sua missão apostólica e a forma como Deus age na história humana.

A ausência de protagonismo de Matias nos Evangelhos não diminui sua importância. Pelo contrário, sua trajetória — marcada pela fidelidade silenciosa e pela prontidão em acolher a vontade de Deus — nos ensina que, muitas vezes, a santidade e a missão florescem na sombra da discrição. Ele esteve com Jesus desde o batismo no Jordão até a Ascensão, caminhando lado a lado com o Senhor, sem buscar honras, mas preparado para o serviço.

A Igreja, ao escolher Matias sob a condução do Espírito Santo, reafirma que sua autoridade não é fruto de escolhas humanas arbitrárias, mas da ação divina que guia seu discernimento. O episódio de sua eleição testemunha a obediência e a oração da comunidade cristã primitiva, a centralidade do colégio apostólico, e a importância da continuidade na missão confiada por Cristo.

Este artigo propõe uma meditação profunda sobre São Matias a partir de cinco ângulos principais: o contexto histórico e cultural de sua eleição; sua biografia e testemunho; seu lugar na Tradição da Igreja; as lições espirituais de sua vida; e a doutrina da eleição divina. Mais do que um estudo biográfico, trata-se de uma proposta de contemplação e aprendizado espiritual.

Ao contemplarmos a figura de São Matias, somos convidados a renovar nossa própria resposta ao chamado de Deus, com humildade, perseverança e fé, certos de que o Senhor continua a escolher e enviar operários para a Sua messe.
São Matias Apóstolo lendo as Escrituras, segurando um machado, símbolo de seu martírio – arte sacra barroca com realismo cristão.

2. MISSÃO, TESTEMUNHO E ESPIRITUALIDADE DE SÃO MATIAS

2.1 Contexto histórico e cultural da eleição de São Matias

Após a Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, os discípulos retornaram a Jerusalém, conforme ordenado, e perseveravam unânimes em oração no Cenáculo. Nesse tempo de expectativa e preparação para o Pentecostes, Pedro, assumindo o papel de líder visível do colégio apostólico, recorda a necessidade de completar o número dos Doze, rompido pela traição e morte de Judas Iscariotes (cf. At 1,15-26).

A escolha de São Matias, portanto, não foi um mero gesto administrativo, mas carregava um profundo significado teológico. O número doze evoca as doze tribos de Israel e simboliza a plenitude do novo Povo de Deus, restaurado e fundado por Cristo. Os apóstolos não podiam iniciar plenamente sua missão até que estivessem novamente completos.

No contexto da cultura judaica, a prática de lançar sortes era aceita como forma legítima de discernir a vontade divina (cf. Lv 16,8; 1Sm 14,41-42). Não se tratava de um jogo de azar, mas de uma expressão da fé no governo providente de Deus. Assim, após oração fervorosa, os discípulos apresentaram dois candidatos — José Barsabás (chamado Justo) e Matias — e confiaram a escolha ao Senhor.

Esse episódio revela uma Igreja que, mesmo antes do Pentecostes, já manifesta traços visíveis de sua estrutura: a liderança petrina, o discernimento comunitário, a confiança na Providência e a busca da vontade divina mediante a oração. São Matias é escolhido não por mérito humano, mas pela soberania de Deus, que conhece os corações.

O cenário de Jerusalém, impregnado de tensões entre os seguidores de Jesus e o judaísmo oficial, torna ainda mais significativo o gesto. A restauração do colégio apostólico era sinal de que a missão da Igreja continuaria sob a direção do Espírito Santo, que viria confirmar essa eleição no Pentecostes.

A eleição de Matias é, pois, um testemunho da fidelidade da Igreja à vontade de Deus e da importância da comunhão apostólica na edificação da fé cristã.

 

2.2 Biografia e testemunho de São Matias

São Matias, cuja escolha para o colégio apostólico está narrada em Atos 1,21-26, é uma das figuras mais discretas entre os Apóstolos, mas cuja vida e missão nos oferecem lições profundas sobre humildade, vocação e fidelidade. A Sagrada Escritura nos informa que ele foi testemunha ocular de toda a vida pública de Jesus, “desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado” (At 1,22), o que sugere sua pertença ao grupo dos setenta e dois discípulos, conforme atestado por autores antigos como Clemente de Alexandria, Eusébio de Cesareia e São Jerônimo.

A eleição de Matias se deu num contexto de oração comunitária e discernimento, onde, após a proposta de São Pedro, foram apresentados dois discípulos — José Barsabás, também chamado Justo, e Matias. Após invocarem o Senhor, que conhece os corações, os apóstolos lançaram sortes, confiando plenamente na direção divina. A sorte recaiu sobre Matias, que passou a ser contado entre os Doze.

Esta eleição não foi um simples gesto simbólico, mas sim uma confirmação do chamado divino. A Tradição nos mostra Matias como exemplo de humildade: não se apresentou, não pleiteou a dignidade, mas a recebeu com temor e zelo. Tal atitude reflete uma disposição interior que Deus exalta: a confiança plena em Sua vontade, e não nas próprias capacidades humanas.

Sobre sua missão apostólica, as fontes são variadas e por vezes contraditórias. Segundo Nicephorus, Matias evangelizou primeiro na Judeia e depois na região do Cáucaso, especificamente em Colchis, onde teria sido crucificado. Outras tradições indicam que teria sido apedrejado e depois decapitado em Jerusalém. Há ainda referências a sua atividade missionária nas costas do Mar Cáspio, especialmente perto do porto de Hyssus e do rio Phasis, entre povos bárbaros e antropófagos, conforme relatos apócrifos.

As relíquias atribuídas a São Matias são veneradas em Tréveris, na Alemanha, e em Roma, na Basílica de Santa Maria Maior, embora esta última possa pertencer a outro Matias, bispo de Jerusalém. A Igreja Latina celebra sua festa em 14 de maio, enquanto a tradição oriental a observa em 9 de agosto.

Segundo Clemente de Alexandria, São Matias era particularmente zeloso na prática da mortificação da carne e no ensino da disciplina dos sentidos, valorizando o crescimento da alma na fé e no conhecimento. Esta espiritualidade rigorosa, que denuncia os prazeres desordenados e valoriza a virtude ascética, reflete um profundo enraizamento no ensinamento de Cristo e um desejo ardente de santidade.

Assim, embora escassas, as informações sobre São Matias revelam um homem moldado pela graça, atento ao chamado de Deus e entregue ao serviço do Evangelho até o martírio. Sua vida nos convida a abraçar a missão com fervor, mesmo no anonimato, certos de que o Senhor vê e recompensa os que O servem com retidão.

 

2.3 São Matias na Tradição da Igreja

A figura de São Matias, embora discretamente mencionada no Novo Testamento, encontrou um lugar importante na Tradição da Igreja, tanto em sua veneração litúrgica quanto nas reflexões patrísticas e nos testemunhos históricos que buscavam compreender sua missão e santidade.

Os primeiros escritores eclesiásticos, como Clemente de Alexandria, atestam que Matias era um dos setenta e dois discípulos enviados por Cristo (cf. Lc 10,1), o que é corroborado por Eusébio de Cesareia em sua História Eclesiástica. São Jerônimo também adota essa tradição, destacando a contínua presença de Matias desde o batismo de Jesus até Sua Ascensão, qualificando-o para o apostolado conforme o critério estabelecido por São Pedro (cf. At 1,21-22).

Além do testemunho patrístico, a Tradição litúrgica e hagiográfica apresenta São Matias como modelo de santidade, castidade e mortificação. Clemente de Alexandria registra que os hereges, como os nicolaitas, falsamente atribuíam a Matias uma doutrina permissiva, mas que o próprio Apóstolo, ao contrário, pregava o domínio dos sentidos e a mortificação da carne, prática que ele mesmo exemplificava com rigor.

O nome de Matias aparece também em algumas obras apócrifas, como o chamado Evangelho de Matias, mencionado por Orígenes, Eusébio, e rejeitado como apócrifo pelo Decreto Gelasiano. Esses textos foram usados por seitas gnósticas como os basilidianos, marcionitas e valentinianos, que alegavam apoio de Matias para suas doutrinas heréticas. A Igreja, entretanto, sempre distinguiu entre a figura histórica do apóstolo e as manipulações de seu nome por grupos desvinculados da fé apostólica.

A Catena Aurea, obra de São Tomás de Aquino que compila comentários patrísticos aos Evangelhos, não contém reflexões diretas sobre Matias, uma vez que ele não aparece nos Evangelhos, mas os princípios exegéticos ali reunidos — como a fidelidade à tradição oral dos Apóstolos e a autoridade do colégio apostólico — reforçam a legitimidade de sua eleição e missão.

Outro aspecto importante é a veneração das relíquias de São Matias. Parte delas é conservada na Abadia de São Matias em Tréveris, na Alemanha, importante centro de peregrinação desde a Idade Média. A outra parte estaria em Roma, na Basílica de Santa Maria Maior, embora estudiosos, como os Bollandistas, levantem dúvidas sobre a autenticidade dessa segunda atribuição.

A celebração litúrgica de sua memória varia entre as tradições: no rito romano atual, sua festa é comemorada em 14 de maio, ressaltando seu lugar como testemunha da Ressurreição e do nascimento da Igreja. Já nas Igrejas do Oriente, sua memória é celebrada no dia 9 de agosto.

A Tradição, portanto, nos apresenta São Matias como apóstolo legítimo, escolhido pela vontade de Deus, confirmado pelo colégio apostólico, e venerado por sua vida de santidade e fidelidade. Sua figura é símbolo da continuidade da missão da Igreja e da santidade possível mesmo na discrição e no silêncio.

 

2.4 Dimensões espirituais e lições para a vida cristã

A vida e missão de São Matias oferecem à Igreja não apenas um testemunho histórico, mas um verdadeiro ícone da espiritualidade cristã centrada na humildade, fidelidade e obediência à vontade de Deus. Sua figura, quase silenciosa nas Escrituras, resplandece justamente por aquilo que hoje se chama de santidade oculta — aquela que não busca os primeiros lugares, mas permanece fiel, constante e disponível ao chamado do Senhor.

Uma das principais lições espirituais que São Matias nos oferece é a disposição interior para servir. Ele não se candidatou ao apostolado, não buscou reconhecimento, mas foi reconhecido por sua perseverança junto a Jesus “desde o batismo de João” (At 1,22). Esta presença discreta mas constante é, por si, um modelo de discipulado maduro: aquele que, mesmo sem destaque, permanece, escuta, aprende e se molda ao Mestre.

Em segundo lugar, São Matias ensina a responder com fé à vontade de Deus, mesmo quando ela se manifesta de modo inusitado — como pela sorte lançada após oração. Aceitar a vocação que lhe foi dada, com todos os riscos e exigências do apostolado, sem resistência ou hesitação, demonstra uma alma verdadeiramente abandonada à Providência divina.

Outro aspecto marcante de sua espiritualidade é a mortificação dos sentidos e o domínio das paixões. Segundo Clemente de Alexandria, Matias pregava fortemente a necessidade de combater os desejos da carne e conceder-lhes nada que lisonjeasse o corpo, mas sim alimentar a alma com fé e conhecimento. Isso remete a uma espiritualidade austera, profundamente enraizada na cruz de Cristo, e voltada à santificação integral da pessoa.

Também resplandece em Matias a virtude da humildade. A ausência de registros sobre sua atuação apostólica não diminui sua grandeza, mas a amplifica: ele representa todos os santos que, sem notoriedade ou fama, sustentam silenciosamente a Igreja com sua fidelidade cotidiana. Sua vida lembra que o Reino de Deus é feito por aqueles que “não buscam ser servidos, mas servir” (cf. Mt 20,28).

Por fim, Matias nos exorta à perseverança na vocação recebida. A sua fidelidade até o martírio nos convida a renovar diariamente o nosso “sim” a Deus, mesmo em meio às dificuldades. Ele nos recorda que não basta iniciar bem, mas é necessário “perseverar até o fim” (cf. Mt 24,13), com o olhar fixo no Senhor.

No silêncio de São Matias, a Igreja escuta um eco da voz de Cristo chamando seus discípulos a uma santidade escondida, mas real; a uma fidelidade discreta, mas poderosa; a uma vida que, mesmo ignorada pelo mundo, é preciosa aos olhos de Deus. Nele encontramos um convite claro: ser santos no ordinário, fiéis na obscuridade, constantes no amor.

 

2.5 São Matias e a doutrina da eleição divina

A eleição de São Matias ao colégio apostólico oferece à teologia e à espiritualidade cristã uma oportunidade singular de refletir sobre o mistério da eleição divina — uma das realidades mais profundas da economia da salvação. Não se trata apenas da substituição de Judas Iscariotes, mas da manifestação concreta de como Deus escolhe, forma e envia aqueles que Ele quer para o cumprimento de Seus desígnios.

Desde o Antigo Testamento, a eleição é apresentada como iniciativa livre e misericordiosa de Deus, como foi com Abraão, Moisés e Davi. No Novo Testamento, esta escolha atinge seu ápice com os Doze Apóstolos, fundamento visível da Igreja. São Matias é chamado não por vontade própria, nem por aclamação popular, mas pela providência divina discernida em oração e confirmada pela sorte lançada, conforme a tradição judaica (cf. Pr 16,33).

A eleição, portanto, não depende de méritos humanos, mas da soberana liberdade de Deus. Como ensina São Paulo: “Não depende daquele que quer nem daquele que corre, mas de Deus que usa de misericórdia” (Rm 9,16). Este princípio é perfeitamente ilustrado na figura de Matias, que permaneceu oculto até ser revelado pela vontade divina. Sua fidelidade anterior o preparou, mas foi a escolha de Deus que o constituiu apóstolo.

Além disso, o chamado de Matias evidencia que a eleição exige correspondência. O dom da vocação apostólica, assim como o chamado batismal de todos os cristãos, requer resposta livre, perseverança e santidade de vida. O fato de Matias ter perseverado até o martírio confirma que ele não apenas foi chamado, mas também escolheu, por sua vida, confirmar sua eleição (cf. 2Pd 1,10).

Essa doutrina também nos convida a um temor reverente: Judas foi eleito, mas caiu; Matias foi elevado, por graça, ao lugar daquele que se perdeu. Como adverte São Paulo: “Quem está de pé, cuide para que não caia” (1Cor 10,12). A eleição não é garantia de salvação automática, mas princípio de responsabilidade maior.

Ao mesmo tempo, a eleição de Matias consola e encoraja todos os que vivem escondidos, sem reconhecimento humano. Deus vê o coração e exalta os humildes no tempo oportuno. O anonimato não é obstáculo para a ação divina; pelo contrário, pode ser condição para que a graça opere com liberdade.

Em São Matias contemplamos, enfim, o dinamismo da eleição como chamado gratuito, resposta fiel e missão frutuosa. Ele é testemunho de que Deus continua a escolher, formar e enviar homens e mulheres para servir à Igreja em todas as épocas, e que nossa parte é estar prontos, atentos e generosos, para acolher com fé e amor a vontade d’Aquele que nos chama.

 

CONCLUSÃO

A vida de São Matias, ainda que envolta em silêncio e simplicidade, resplandece como testemunho eloquente da ação providente de Deus na história da salvação. Escolhido para restaurar o número dos Doze, ele representa a fidelidade de Deus à sua Igreja e a necessidade de continuidade apostólica para a missão do Evangelho.

Ao longo deste artigo, contemplamos as diversas dimensões da vida e missão de São Matias. Vimos como sua eleição se insere num contexto histórico e teológico marcado pela oração, pelo discernimento e pela confiança no Espírito Santo. Conhecemos sua biografia, com os diversos testemunhos e tradições sobre sua pregação, sua mortificação e seu martírio. Exploramos ainda como a Tradição da Igreja acolheu sua figura, distinguindo-a com sabedoria da manipulação de heresias e apócrifos. Refletimos sobre a espiritualidade que sua vida inspira, centrada na humildade e na perseverança silenciosa, e finalmente, mergulhamos na doutrina da eleição divina que sua história tão claramente ilustra.

São Matias nos exorta a abraçar a missão cristã com retidão de coração, mesmo que sem aplausos ou reconhecimento. Sua figura é símbolo daqueles que, sem alarde, sustentam o Corpo de Cristo com sua fidelidade e oração constante. Ele nos convida a confiar plenamente na escolha divina e a perseverar com zelo, pois é Deus quem vê o coração e exalta os humildes.

Que a memória litúrgica de São Matias reacenda em nós a fé no poder da graça, a disposição em acolher a vontade de Deus e a firme decisão de sermos fiéis ao nosso chamado batismal. Que, à sua intercessão, possamos também nós confirmar nossa eleição por meio da caridade, da humildade e do serviço perseverante ao Reino dos Céus.

 

ORAÇÃO DE ENCERRAMENTO

Senhor Deus, que na Tua infinita sabedoria escolheste São Matias para completar o colégio apostólico, nós Te louvamos por Tua fidelidade e por conduzires com amor a Tua Igreja em todos os tempos. Dá-nos, como a ele, um coração humilde e pronto para responder ao Teu chamado, mesmo quando não compreendemos plenamente os caminhos que nos são propostos.

Concede-nos a graça de perseverar na vocação recebida, cultivando o silêncio fecundo da oração, a mortificação dos sentidos e a caridade operante. Que sejamos testemunhas fiéis da Ressurreição de Cristo, vivendo com integridade e servindo com alegria ao Teu Reino, ainda que longe dos olhares do mundo.

Por intercessão de São Matias, fortalece-nos nas tribulações e livra-nos da infidelidade. Faze-nos compreender que o verdadeiro valor está em fazer Tua vontade. Que, ao fim de nossa peregrinação, possamos ouvir de Ti: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor”. Amém.

Atos dos Apóstolos 1,15-26

15. Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos — havia ali um grupo de cerca de cento e vinte pessoas — e disse:

16. "Irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura, que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi a respeito de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus.

17. Ele era contado entre nós e teve parte neste ministério."

18. (Este homem adquiriu um campo com o preço da iniquidade, e, precipitando-se, rompeu-se ao meio, e todas as suas entranhas se derramaram.

19. Isso se tornou conhecido de todos os habitantes de Jerusalém, de modo que aquele campo foi chamado em sua língua de 'Hacéldama', isto é, 'Campo de Sangue'.)

20. "De fato, está escrito no Livro dos Salmos: ‘Fique deserta a sua habitação, e não haja quem nela habite’ (Sl 69,26); e: ‘Que outro tome o seu encargo’ (Sl 109,8).

21. É necessário, portanto, que, dos homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós,

22. a começar pelo batismo de João até o dia em que foi levado para o alto, um deles se torne, juntamente conosco, testemunha de sua ressurreição."

23. Apresentaram, então, dois: José, chamado Barsabás, de sobrenome Justo, e Matias.

24. E oraram, dizendo: "Tu, Senhor, que conheces os corações de todos, mostra qual destes dois escolheste,

25. para ocupar neste ministério e apostolado o lugar que Judas abandonou para ir para o seu próprio destino."

26. Então lançaram sortes sobre eles, e a sorte caiu sobre Matias, que foi agregado aos onze apóstolos.

Комментарии


Receba Inspirações Diárias em Seu E-mail. Assine a Newsletter do Caminho de Fé

Permita que a Palavra de Deus ilumine sua vida! Inscreva-se e receba e-mails sempre que publicarmos novos conteúdos para enriquecer sua caminhada espiritual.

Não perca a oportunidade de transformar cada dia com fé, esperança e inspiração. Inscreva-se agora!

Obrigado(a)!

bottom of page