A Alegria dos Santos: Caminho das Bem-Aventuranças
- escritorhoa
- 1 de nov.
- 3 min de leitura
Liturgia Diária:
Dia 01/11/2025 – Sábado
Evangelho: Mateus 5,1–12a
“Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha. Quando se sentou, aproximaram-se dele os discípulos. E, tomando a palavra, ensinava-os, dizendo: Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos insultarem e perseguirem e disserem todo tipo de calúnia contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.”

Reflexão:
As Bem-Aventuranças revelam o coração do Evangelho e o retrato de Cristo vivido nos santos. Cada bem-aventurado é uma faceta da santidade de Jesus, que nos convida a seguir seus passos rumo ao Reino. O monte das Bem-Aventuranças é o Sinai da Nova Aliança: ali, o Legislador divino não entrega tábuas de pedra, mas o próprio coração de Deus. Santo Agostinho afirma: “As Bem-Aventuranças são os degraus da escada que nos levam ao céu” (Sermo Domini in Monte, I, 1). De fato, o caminho do cristão é um itinerário de purificação interior, onde a pobreza de espírito abre o coração à graça, e a mansidão vence a violência.
Os santos compreendem que a verdadeira felicidade não depende das circunstâncias, mas da conformidade da alma com Cristo crucificado e ressuscitado. Por isso, o sofrimento e a perseguição, longe de destruí-los, tornaram-se fonte de glória. Como ensina São Gregório Magno: “A tribulação é o fogo que purifica o ouro dos eleitos” (Hom. in Evangelia, XXXV). Os pobres, os puros e os pacificadores manifestam, em meio à dor e à luta, a alegria indestrutível dos filhos de Deus.
A solenidade de Todos os Santos é a celebração da Igreja triunfante e a esperança da Igreja peregrina. Lembra-nos que todos somos chamados à santidade (cf. Lumen Gentium, 11). Cada cristão, na simplicidade do cotidiano, pode tornar-se bem-aventurado quando vive o Evangelho com amor sincero. A santidade não é privilégio, mas vocação universal: o Reino é dom e compromisso. Quem abraça as Bem-Aventuranças encontra em Cristo a plenitude da alegria e a promessa da vida eterna.
Portanto, celebrar Todos os Santos é reconhecer que a felicidade verdadeira floresce na entrega, na pureza e na paz. É permitir que o Espírito Santo molde em nós o rosto de Cristo, para que, unidos a Ele, participemos da alegria eterna. As Bem-Aventuranças não são ideais distantes, mas o retrato do cristão que vive o Evangelho com coragem e amor.
Pensamentos para Reflexão Pessoal:
Vivo as Bem-Aventuranças como estrada de santidade, ou apenas as admiro de longe?
Como posso tornar-me sinal de misericórdia, pureza e paz no mundo de hoje?
O que significa, para mim, “ver a Deus” já nesta vida pela fé?
Mensagem Final:
A santidade é a alegria de viver o Evangelho com amor. Nas Bem-Aventuranças, Jesus revela o caminho da verdadeira felicidade, que floresce na humildade e na fidelidade. Todos somos chamados a ser santos: espelhos da luz divina no mundo. Que, sustentados pela graça, caminhemos com coragem rumo à bem-aventurança eterna.




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