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A Autoridade de Cristo e o Coração Indeciso

Liturgia Diária:

Dia 15/12/2025 – Segunda-feira


Evangelho: Mateus 21,23-27

“Quando Jesus entrou no Templo, os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se e perguntaram: ‘Com que autoridade fazes estas coisas? Quem Te deu tal autoridade?’ Jesus lhes respondeu: ‘Também Eu vos farei uma pergunta; se me responderdes, Eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. De onde era o batismo de João? Do céu ou dos homens?’ Eles discutiam entre si: ‘Se dissermos: do céu, Ele nos dirá: por que então não acreditastes nele? Mas se dissermos: dos homens, temos medo da multidão, pois todos consideram João um profeta.’ Então responderam a Jesus: ‘Não sabemos.’ E Ele lhes disse: ‘Pois Eu também não vos digo com que autoridade faço estas coisas.’”

Jesus ensina no Templo enquanto sacerdotes e anciãos questionam sua autoridade, iluminado por luz dourada simbólica.

Reflexão

O Evangelho de hoje apresenta um confronto entre Jesus e as autoridades religiosas, que questionam Sua autoridade. No sentido literal, vemos que a preocupação deles não é buscar a verdade, mas preservar seu prestígio. São João Crisóstomo observa que eles perguntam não para aprender, mas para acusar, pois “a soberba fecha os olhos da mente” (Homiliae in Matthaeum, 68). Jesus responde com outra pergunta, não para confundi-los, mas para revelar a incoerência deles. O batismo de João era claramente obra de Deus, mas eles se recusam a reconhecê-lo por medo da multidão e por dureza de coração.

Alegoricamente, o texto revela Cristo como a autoridade divina encarnada. Ele age com liberdade soberana, não submetido a convenções humanas. O Catecismo ensina que Jesus fala e age “com autoridade divina própria” (CIC 581), porque Ele é o Filho enviado pelo Pai para restaurar a humanidade. A pergunta sobre João demonstra que quem rejeita o profeta enviado por Deus também rejeita o próprio Deus.

Moralmente, o Evangelho nos convida a examinar a sinceridade de nosso coração. Muitas vezes, evitamos responder às perguntas de Deus porque tememos as consequências da verdade. Assim como os chefes dos sacerdotes, podemos buscar justificativas para não nos converter. Santo Agostinho afirma que “a verdade tem seus amantes e seus inimigos; os que a temem, não porque seja dura, mas porque transforma” (Sermão 23,5). O chamado é abandonar a neutralidade e escolher a luz.

No sentido anagógico, a recusa de reconhecer a autoridade de Cristo aponta para o juízo final, quando toda falsidade será desmascarada. A postura evasiva dos líderes simboliza o fechamento que impede a entrada no Reino. Reconhecer Cristo agora é abrir-se à vida eterna.

Este Evangelho nos mostra que a verdadeira autoridade de Jesus não se impõe pela força, mas pela verdade que Ele manifesta. Seu olhar penetra as intenções humanas e revela quando buscamos a Deus de coração sincero ou apenas por conveniência. O discípulo precisa cultivar humildade, honestidade e abertura interior.

Assim, este texto nos convida a escolher a verdade que liberta e a reconhecer em Cristo a autoridade que conduz à vida.


Pensamentos para Reflexão Pessoal:

  1. Tenho evitado certas verdades espirituais por medo de mudança ou de perder controle?

  2. Reconheço a autoridade de Cristo sobre minha vida de modo concreto?

  3. Meu coração é sincero na busca da verdade ou ainda vive de justificativas e evasivas?


Mensagem Final

A autoridade de Jesus revela a verdade que transforma o coração. Os chefes recusaram-se a responder por medo e orgulho; nós somos chamados a abrir-nos com sinceridade. Cristo deseja conduzir-nos à luz e à liberdade. Que hoje renovemos nossa adesão à Sua palavra e permitamos que Sua autoridade amorosa governe nossas escolhas e nos conduza à verdadeira vida.

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