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A Fé Que Toca e Restaura

Liturgia Diária:

Dia 07/07/2025 - Segunda-feira


Evangelho: Mateus 9,18-26

“Enquanto Jesus lhes falava, aproximou-se um chefe e o adorou dizendo: ‘Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela, e viverá.’ Jesus levantou-se e o seguiu com seus discípulos. Nisso, uma mulher que sofria de hemorragia havia doze anos aproximou-se por trás e tocou a orla de seu manto, pois dizia consigo: ‘Se eu apenas tocar em seu manto, ficarei curada.’ Jesus voltou-se, viu-a e disse: ‘Ânimo, filha! Tua fé te salvou.’ E desde aquele instante a mulher ficou curada. Chegando à casa do chefe, vendo os flautistas e a multidão em alvoroço, Jesus disse: ‘Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo.’ E riram-se dele. Mas, quando a multidão foi afastada, ele entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. A notícia disso espalhou-se por toda aquela região.”

Jesus ressuscita a filha de Jairo e cura a mulher com hemorragia, revelando seu poder e compaixão, conforme Mt 9,18-26.

Reflexão:

O Evangelho de hoje narra dois milagres interligados que revelam a compaixão de Jesus e o poder da fé. Tanto a mulher hemorroíssa quanto o chefe da sinagoga — segundo Marcos e Lucas, chamado Jairo — aproximam-se de Cristo movidos por uma confiança profunda, ainda que em situações de desespero. A mulher, por doze anos excluída e sofrendo, toca discretamente a orla do manto de Jesus. O chefe, em meio à dor da morte de sua filha, adora o Senhor e suplica.

A fé, nos dois casos, rompe barreiras: sociais, religiosas e até naturais. São João Crisóstomo observa: “A mulher se aproxima com reverência e é curada pela fé; o chefe da sinagoga, com humildade, obtém o impossível: a vida para a filha morta” (Homilias sobre Mateus, 31). A fé se manifesta como ato de abandono confiante ao poder salvador de Cristo.

Jesus acolhe ambos com ternura. À mulher diz: “Ânimo, filha!”, reconhecendo sua dignidade e a força do seu gesto. Ao chefe, responde com prontidão, desafiando a lógica da morte com a certeza da vida. O Catecismo ensina que “os milagres de Jesus são sinais sensíveis do Reino, testemunhos de sua missão messiânica” (CIC, 548). Eles não são mera intervenção pontual, mas revelam a presença do Salvador entre nós.

A atitude de Cristo diante da multidão que zombava é significativa: Ele não se deixa vencer pelo escárnio. Afirma que a menina dorme, revelando que, para Deus, a morte não tem a última palavra. No sentido alegórico, a menina representa a alma adormecida no pecado; Jesus entra, toma-a pela mão e a desperta para a vida. Moralmente, somos chamados a deixar Cristo tocar o íntimo de nossas feridas e nos levantar.

Anagogicamente, vislumbramos a ressurreição final, quando todos os que creem serão chamados à vida eterna. A fé, como a da mulher e do chefe, é a chave que abre o coração de Deus. Não é preciso compreender tudo, mas confiar com humildade.


Pensamentos para Reflexão Pessoal:

1. Tenho fé suficiente para tocar espiritualmente em Jesus, mesmo no sofrimento?

2. Em que áreas da minha vida preciso deixar Cristo me tomar pela mão?

3. Estou disposto a enfrentar o escárnio para permanecer firme na fé?


Mensagem Final:

A fé verdadeira nos conduz a Cristo, que acolhe, cura e ressuscita. Mesmo nas situações mais difíceis, o Senhor age com poder e ternura. Como a mulher e o pai da menina, apresentemos a Ele nossas dores com confiança. Que nossa fé, mesmo pequena, nos leve ao encontro que transforma e restaura toda nossa vida.

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