A Pureza do Coração e a Fidelidade no Amor
- escritorhoa
- 13 de jun.
- 2 min de leitura
Liturgia Diária:
Dia 13/06/2025 - Sexta-feira
Evangelho: Mateus 5,27-32
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Ouvistes o que foi dito: 'Não cometerás adultério'. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! É melhor perder um único dos teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! É melhor perder um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. Foi dito também: 'Se alguém se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio'. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se divorciar de sua mulher, a não ser por motivo de união ilegítima, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério".

Reflexão:
Neste ensinamento do Sermão da Montanha, Jesus leva a Lei a sua plenitude, revelando que a verdadeira moral cristã não reside apenas nos atos externos, mas no interior do coração. A pureza e a fidelidade começam nas intenções. O adultério, portanto, pode acontecer antes mesmo do ato, no desejo consentido.
No sentido literal, Jesus aprofunda o mandamento “Não cometerás adultério” ao condenar o olhar impuro. Alegoricamente, a fidelidade matrimonial aponta para a relação entre Cristo e a Igreja, sua Esposa (cf. Ef 5,25-27). Santo Agostinho afirma: "O adultério do coração é mais grave que o do corpo, pois revela desordem na raiz do ser" (De Serm. Dom. in Monte, I, 12).
Moralmente, Jesus convida ao combate interior contra as paixões desordenadas. A castidade, como virtude, é conquista do amor ordenado. O Catecismo ensina: "A pureza exige o pudor, que é parte integrante da temperança" (CIC, n. 2521). A radicalidade de cortar o que leva ao pecado mostra a gravidade do mal e o zelo pela salvação.
Sobre o divórcio, Jesus reafirma a indissolubilidade do matrimônio. Ele não é mera instituição humana, mas sinal sacramental da aliança fiel de Deus. São João Paulo II, na Familiaris Consortio, diz: "O amor conjugal é vocação e missão, e exige fidelidade até o fim" (n. 11).
Anagogicamente, a pureza nos prepara para ver a Deus (cf. Mt 5,8). O combate contra o pecado é caminho de santificação. Toda renúncia por amor a Cristo tem seu valor eterno. O corpo, templo do Espírito Santo, deve ser respeitado e santificado.
Assim, a moral cristã é exigente porque é baseada no amor verdadeiro, que não se contenta com aparências, mas busca a integridade.
Pensamentos para Reflexão Pessoal:
1. Tenho vigiado meus pensamentos e desejos, buscando a pureza interior?
2. Como compreendo e vivo a fidelidade em minhas relações?
3. Estou disposto a renunciar ao que me afasta de Deus, mesmo que custe muito?
Mensagem Final:
Jesus nos chama à pureza e à fidelidade que brotam do coração. A verdadeira santidade começa no interior e se expressa em escolhas concretas. Que o amor a Deus nos fortaleça no combate ao pecado e nos conduza à alegria da vida plena no Reino. A santidade é fruto do amor fiel.




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