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Bem-aventurança de quem ouve e guarda

Liturgia Diária:

Dia 11/10/2025 - Sábado


Evangelho: Lucas 11,27-28

Enquanto Jesus falava, uma mulher, do meio da multidão, ergueu a voz e disse-lhe: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram!”. Ele, porém, disse: “Antes, felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam!”.

Jesus responde à mulher do povo; Maria ao lado, humilde; “bem-aventurados os que ouvem e guardam a Palavra de Deus”; multidão atenta. Formato 16:9.

Reflexão:

O Evangelho narra a exclamação de uma mulher diante de Jesus: ela proclama bem-aventurada a mãe que o gerou e amamentou. No sentido literal, o Senhor não corrige o elogio a Maria, mas eleva-o: verdadeira bem-aventurança é ouvir a Palavra de Deus e guardá-la. Assim, mostra que a dignidade de Maria floresce, antes de tudo, na fé obediente (cf. Lc 1,45), modelo para todo discípulo.

Alegoricamente, a Mãe do Senhor figura a Igreja que concebe pela fé e gera novos filhos pela Palavra e pelos sacramentos. O Cristo fala e suscita um povo que, como Maria, acolhe e guarda, tornando-se morada de Deus (cf. CIC 507; 751). Moralmente, a sentença de Jesus educa os afetos: não basta entusiasmo passageiro; é necessário escutar, meditar, praticar. Guardar é dar espaço, ordenar decisões, perseverar no ordinário, quando ninguém aplaude. Anagogicamente, quem guarda a Palavra participa, desde já, da bem-aventurança prometida, antegozando a alegria dos céus onde a voz do Cordeiro será nossa luz (cf. CIC 1716; 1024).

Santo Agostinho afirma que Maria “foi mais feliz recebendo a fé de Cristo do que concebendo a carne de Cristo” (De sancta virginitate, 3). São João Crisóstomo observa que Jesus não diminui a mãe, mas ensina o caminho a todos: a escuta obediente (Hom. in Matth. 44). São Tomás explica que a fé opera pela caridade, e guardar a Palavra significa praticar os mandamentos por amor (STh II-II, q.4, a.3; q.24, a.12). O Catecismo lembra que a oração alimenta essa fidelidade, pois o Espírito grava a Palavra no coração orante (cf. CIC 2652; 2705-2708).

Aplicação concreta: fazer de cada dia uma anunciação. Antes do trabalho, ler o Evangelho, pedir luz e decidir um gesto que traduza o que se ouviu. No meio do dia, breve memória: “Senhor, que eu guarde tua Palavra”. À noite, exame simples: onde a conservei? onde a perdi? Reconcilhar-se, retomar, perseverar. Pastoralmente, honrar Maria com devoção autêntica: Rosário, festas, consagrações, sempre orientados a Cristo (cf. CIC 971). Nas famílias, cultivar um pequeno “canto da Palavra”, com Bíblia aberta, vela e silêncio. Na comunidade, formar grupos de lectio divina e serviço concreto aos pobres, para que a escuta gere obras. Quem guarda a Palavra torna-se fecundo como Maria: humilde, disponível, missionário. Peçamos à Virgem que, tendo ouvido e guardado, nos obtenha um coração atento, uma mente dócil, lábios orantes, mãos operosas e passos firmes, para que a Palavra frutifique em santidade cotidiana aqui.


Pensamentos para Reflexão Pessoal:

1. Como tornar diária a prática de ouvir e guardar a Palavra com simplicidade e perseverança?

2. Que decisão concreta de caridade confirmará hoje a Palavra que escutei?

3. De que modo a devoção mariana pode me conduzir mais diretamente a Cristo obedecido e amado?


Mensagem Final:

Jesus exalta Maria e nos indica o caminho: ouvir e guardar a Palavra. Bem-aventurados somos quando a fé se torna decisão, oração e serviço. Faça hoje uma leitura breve do Evangelho, escolha um gesto concreto e guarde-o no coração. Com Maria, peça docilidade e perseverança: Deus fará frutificar sua fidelidade humilde. Permaneça firme na escuta diária e caridade, sempre hoje.

Leitura Complementar:

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