Correção Fraterna e Comunhão em Cristo
- escritorhoa
- 13 de ago.
- 2 min de leitura
Liturgia Diária:
Dia 13/08/2025 - Quarta-feira
Evangelho: Mateus 18,15-20
"Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo. Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não os ouvir, dize-o à Igreja. Se nem mesmo assim ele ouvir a Igreja, seja considerado como um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra será desligado nos céus. Em verdade ainda vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou no meio deles."

Reflexão:
Neste Evangelho, Jesus nos ensina a prática da correção fraterna como expressão da caridade. Corrigir com amor é gesto de misericórdia e compromisso com a verdade. A finalidade não é condenar, mas ganhar o irmão para Deus.
São João Crisóstomo ensina: "Corrigir é tarefa de grande sabedoria e caridade. Se feito com humildade, pode salvar uma alma e dar paz à Igreja" (Hom. in Matt., 60). O Catecismo da Igreja também afirma: "A correção fraterna é uma exigência da caridade" (CIC 1829).
O sentido literal mostra um caminho progressivo de reconciliação: primeiro no segredo, depois com testemunhas, por fim com a Igreja. Alegoricamente, revela a missão pastoral da Igreja de guardar e restaurar a unidade. Moralmente, desafia-nos à coragem de amar com verdade. Anagogicamente, aponta para o juízo de Deus, que respeita a liberdade humana.
Jesus confere à comunidade eclesial autoridade espiritual: "Tudo o que ligardes na terra...". Essa prerrogativa revela a missão da Igreja como sinal visível da graça e do perdão de Deus. Não se trata de poder humano, mas de participação na obra redentora de Cristo.
A promessa final é consoladora: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou". Jesus está presente na comunhão fraterna, na oração partilhada, na vida comunitária. Essa presença fortalece a unidade e sustenta a missão.
Num tempo de individualismo e divisões, a prática da correção fraterna e da oração comunitária é urgência evangélica. Amar é cuidar da salvação do outro. Corrigir com humildade e escutar com docilidade são atitudes que constroem a verdadeira fraternidade cristã.
Pensamentos para Reflexão Pessoal:
1. Tenho coragem de corrigir com amor e ser corrigido com humildade?
2. Minha vida de oração inclui a dimensão comunitária e intercessora?
3. Tenho contribuído para a unidade da Igreja com atitudes de paz e verdade?
Mensagem Final:
A correção fraterna é sinal de amor autêntico, que busca a reconciliação e a unidade. Jesus está presente onde há comunhão e oração em seu nome. Sejamos construtores da paz, com coração humilde e desejo sincero de conversão, contribuindo para uma Igreja viva, santa e unida em Cristo.
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