Firmeza na Fé: O Discípulo em Meio às Tribulações
- escritorhoa
- 25 de nov.
- 3 min de leitura
Liturgia Diária:
Dia 25/11/2025 – Terça-feira
Evangelho: Lucas 21,5–11
“Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; tudo será destruído. Eles perguntaram: Mestre, quando acontecerá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer? Jesus respondeu: Cuidai para não serdes enganados, pois muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu!, e ainda: O tempo está próximo. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não fiqueis apavorados, pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim. E Jesus continuou: Um povo se levantará contra outro povo, e um reino contra outro reino. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais no céu.”

Reflexão:
Os discípulos admiram o esplendor do Templo de Jerusalém, símbolo do culto e da presença divina. Jesus, porém, anuncia a sua destruição, lembrando que toda glória humana é passageira. O Templo material será substituído pelo verdadeiro Templo: o Corpo de Cristo, no qual habita a plenitude de Deus. Assim, o Senhor convida à conversão do olhar — da aparência para a realidade eterna. Santo Ambrósio comenta: “Nada é duradouro senão o que está fundado em Cristo” (Expositio in Lucam, X).
O anúncio das tribulações — guerras, catástrofes e enganos — não tem o objetivo de gerar medo, mas vigilância e confiança. Jesus adverte: “Cuidai para não serdes enganados”. A fé autêntica não se deixa abalar pelos acontecimentos do mundo, porque se apoia na palavra de Deus, que não passa. Ele ensina que a história humana, embora marcada por sofrimento, está sob o domínio divino. Nenhuma tragédia escapa à providência do Pai. O Catecismo (CIC, 675) recorda que “antes da vinda de Cristo, a Igreja deve passar por uma prova final que abalará a fé de muitos crentes”.
A tentação diante das crises é buscar falsos messias e respostas imediatas. Mas Jesus nos chama à serenidade. O cristão não teme o futuro, pois sabe que a vitória final pertence a Deus. As guerras e desastres são sinais do tempo presente, não do fim, mas do chamado à conversão e à esperança. A fé que persevera nas provações é a que amadurece e se purifica. São Gregório Magno ensina: “O justo não se perturba com os castigos do mundo, porque sua esperança está no céu” (Hom. in Ev., I).
Portanto, o Evangelho de hoje é convite à confiança inabalável. Quando tudo parece ruir, o discípulo mantém o olhar fixo em Cristo. Ele é o Templo indestrutível, a paz em meio à tormenta, o fundamento seguro da esperança. O fim de todas as coisas será o início do Reino glorioso para os que perseverarem na fé.
Pensamentos para Reflexão Pessoal:
Tenho colocado minha segurança nas coisas passageiras ou em Cristo, o fundamento eterno?
Diante das tribulações, mantenho a fé firme e o coração em paz?
Como posso testemunhar serenidade e confiança em meio às incertezas do mundo?
Mensagem Final:
O mundo passa, mas a Palavra de Deus permanece. Em tempos de medo e incerteza, Cristo nos chama à firmeza da fé e à esperança serena. Ele é o Templo vivo e indestrutível. Que aprendamos a permanecer fiéis, mesmo nas tribulações, confiando que o fim de todas as coisas será o começo da glória eterna com o Senhor.




Comentários