Liberdade dos Filhos e Testemunho de Humildade
- escritorhoa
- 11 de ago.
- 2 min de leitura
Liturgia Diária:
Dia 11/08/2025 - Segunda-feira
Evangelho: Mateus 17,22-27
"Quando estavam reunidos na Galileia, Jesus disse aos seus discípulos: 'O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará'. E os discípulos ficaram profundamente tristes. Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: 'O vosso mestre não paga o imposto do Templo?' Pedro respondeu: 'Sim, paga'. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: 'Que te parece, Simão? De quem os reis da terra cobram impostos ou tributos: dos filhos ou dos estranhos?' Pedro respondeu: 'Dos estranhos'. Jesus disse: 'Logo, os filhos são livres. Mas, para não escandalizar, vai ao mar, lança o anzol e pega o primeiro peixe que subires. Abrindo-lhe a boca, encontrarás uma moeda. Toma-a e entrega-a por mim e por ti'."

Reflexão:
O Evangelho de hoje une duas realidades fundamentais do seguimento de Jesus: o anúncio da Paixão e a vivência humilde da liberdade cristã. Jesus prediz sua entrega e morte, despertando tristeza nos discípulos. Mas a tristeza não é o fim: Ele também anuncia a Ressurreição, fundamento da nossa esperança.
Na segunda parte, o pagamento do imposto do Templo revela uma atitude profundamente pedagógica. Jesus, Filho de Deus, é livre dessa obrigação, mas aceita pagá-la para não escandalizar. Ele ensina que a liberdade cristã é verdadeira quando se expressa no amor e no respeito pelos outros. Santo Agostinho comenta: "Não é a necessidade, mas a caridade que faz o justo" (Sermo 150).
O Catecismo da Igreja nos recorda: "A liberdade é o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo" (CIC 1731). Jesus, modelo de verdadeira liberdade, submete-se por amor e para edificação dos irmãos.
Literalmente, o texto fala da submissão voluntária de Jesus. Alegoricamente, mostra que Cristo, mesmo sendo Senhor, se fez servo. Moralmente, somos chamados a viver a liberdade na caridade. Anagogicamente, aponta para o Reino onde todos os filhos serão livres em plenitude.
Pedro é instrumento do milagre: um peixe com uma moeda na boca. Deus provê, quando confiamos. A obediência de Pedro mostra a confiança no Senhor que cuida de cada detalhe.
No mundo atual, onde a liberdade é confundida com autonomia absoluta, Jesus nos lembra que a verdadeira liberdade se exerce no amor, no respeito e na responsabilidade. Ele nos liberta para amar, não para nos isolar.
Pensamentos para Reflexão Pessoal:
1. Vivo minha liberdade como dom para servir e edificar os outros?
2. Tenho escandalizado ou edificado com minhas atitudes de fé?
3. Confio na providência de Deus mesmo nos pequenos detalhes?
Mensagem Final:
Jesus nos ensina que ser livre é saber amar, servir e respeitar. Mesmo sendo Filho, assumiu o caminho da obediência para nos salvar. Que, como Pedro, saibamos confiar e colaborar com o Senhor em cada gesto, mesmo humilde. A liberdade cristã floresce na caridade vivida com sabedoria e simplicidade.
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