O Reino Cresce no Silêncio da Fé
- escritorhoa
- 28 de jul.
- 3 min de leitura
Liturgia Diária:
Dia 28/07/2025 - Segunda-feira
Evangelho: Mateus 13,31-35
Naquele tempo, Jesus contou à multidão outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pegou e semeou em seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, torna-se a maior das hortaliças e se transforma em uma árvore, de modo que as aves do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos”. Contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher misturou em três medidas de farinha, até que tudo ficasse fermentado”. Jesus falava à multidão por parábolas. E não lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que fora dito pelo profeta: “Abrirei a boca em parábolas, proclamarei coisas ocultas desde a fundação do mundo”.

Reflexão:
O Evangelho de hoje nos apresenta duas parábolas complementares que revelam a natureza silenciosa e transformadora do Reino dos Céus: a semente de mostarda e o fermento. Ambas realçam o contraste entre a pequenez do começo e a grandeza do fim, entre o invisível da ação inicial e a força expansiva do seu desdobramento.
A semente de mostarda, quase imperceptível, simboliza o início humilde do Reino, plantado nos corações dos que escutam e acolhem a Palavra de Deus. Santo Hilário de Poitiers afirma: “A semente é Cristo, e o campo é o mundo. Uma vez plantado, Ele cresceu na cruz, tornou-se árvore na ressurreição e deu abrigo à humanidade” (In Matthaeum, 13). O Reino cresce por dentro, e sua expansão é obra do Espírito Santo, que age muitas vezes de maneira invisível, porém eficaz.
O fermento, por sua vez, é símbolo da ação interior do Reino na massa da humanidade. Uma pequena porção é suficiente para transformar tudo. Santo Ambrósio observa: “Cristo é o fermento; a farinha são os povos da terra. Misturado com nossa natureza, Ele nos elevou a uma nova vida” (Expositio Evangelii secundum Lucam, 7). Trata-se de uma transformação que começa no coração e se irradia até alcançar estruturas e culturas.
Jesus utiliza parábolas não apenas para ensinar, mas para provocar uma escuta mais profunda. Como revela o Evangelho, as parábolas são a maneira pela qual Ele comunica os “mistérios escondidos desde a fundação do mundo” (cf. Sl 78,2). Essa pedagogia divina respeita o tempo de cada coração, permitindo que a verdade amadureça em silêncio.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que o Reino é “presente em mistério” (CIC, §541). Ele está entre nós, mas ainda não plenamente manifesto. A paciência, a fé e a perseverança são indispensáveis para colaborar com sua vinda. Somos chamados a semear e fermentar com nossas vidas, deixando que o Evangelho transforme o mundo a partir de dentro.
Pensamentos para Reflexão Pessoal:
1. Tenho confiado na ação silenciosa do Reino em minha vida?
2. Permito que a Palavra de Deus me transforme por dentro, como o fermento?
3. Como posso colaborar no crescimento do Reino em minha família e comunidade?
Mensagem Final:
O Reino de Deus cresce como a semente e transforma como o fermento. É obra de paciência, fé e constância. Que possamos confiar na ação silenciosa de Deus e ser instrumentos de transformação, acolhendo a Palavra com humildade e semeando esperança, até que o Reino se manifeste plenamente em nós e através de nós, para glória do Pai.




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