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Lágrimas de Jesus: A Dor do Amor Não Correspondido

Liturgia Diária:

Dia 20/11/2025 – Quinta-feira


Evangelho: Lucas 19,41–44

“Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah, se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Mas agora isso está escondido aos teus olhos. Dias virão sobre ti em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados. Eles te esmagarão, a ti e a teus filhos que estão dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada.”

Jesus chora sobre Jerusalém do alto do Monte das Oliveiras ao entardecer; cidade ao fundo sob luz dourada e tom de lamento — Lc 19,41–44.

Reflexão:

À vista de Jerusalém, Jesus chora. Não por medo do sofrimento que o espera, mas pela incredulidade e dureza do coração de seu povo. Suas lágrimas são expressão do amor divino rejeitado. Jerusalém, chamada a ser cidade da paz, não reconhece Aquele que é a própria Paz. Assim, o Senhor lamenta a cegueira espiritual que impede os homens de ver a graça que os visita. Santo Agostinho observa: “Chorou o Senhor, não por sua dor, mas pela perdição dos ímpios” (Sermo 362).

As lágrimas de Cristo revelam o coração de Deus ferido pela indiferença humana. Ele vê as consequências do pecado: destruição, divisão e ruína. O anúncio da queda de Jerusalém é também figura do juízo que recai sobre toda alma que recusa a graça. A cidade, símbolo do povo eleito, torna-se imagem de cada coração que rejeita a visita de Deus. O amor de Cristo é fiel, mesmo diante da recusa; Ele continua a chamar à conversão. Como ensina São Gregório Magno: “Deus prefere ver-nos penitentes a punir-nos por justiça” (Hom. in Ev., XXXIX).

O verdadeiro drama de Jerusalém é não reconhecer “o tempo da visitação”. Deus se aproxima em silêncio, na simplicidade da fé, e espera ser acolhido. Quantas vezes Ele passa por nós — na Palavra, nos sacramentos, nos irmãos — e permanecemos distraídos! Jesus chora ainda hoje por cada coração fechado, por cada oportunidade de amor desperdiçada. O pecado cega e endurece, enquanto a fé abre os olhos à misericórdia.

Essas lágrimas não são de desespero, mas de esperança. O pranto de Jesus é o pranto do Bom Pastor que busca as ovelhas perdidas. Ele chora para que nós choremos com Ele, para que o arrependimento nos conduza à paz. O Catecismo (CIC, 1430) recorda: “O coração humano deve ser tocado pela dor e pela tristeza de ter ofendido a Deus por amor.” As lágrimas do Senhor são sementes de conversão.

Reconhecer o tempo da visita de Deus é abrir-se à paz que vem do alto. A vida cristã é um constante chamado à vigilância e à escuta da presença divina. Que aprendamos a responder com amor ao Amor que chora por nós.


Pensamentos para Reflexão Pessoal:

  1. Tenho reconhecido os momentos em que Deus visita a minha vida?

  2. As lágrimas de Jesus me comovem e me movem à conversão?

  3. Tenho buscado a verdadeira paz que nasce do arrependimento e do perdão?


Mensagem Final:

Jesus chora sobre Jerusalém e sobre cada coração que não acolhe seu amor. Suas lágrimas revelam o amor que não desiste, mesmo diante da recusa. Que saibamos reconhecer o tempo da visita divina e acolher a paz que Ele oferece. Convertamo-nos hoje, para que o pranto do Senhor se transforme em alegria pela nossa salvação.

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