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Temor filial e coragem do testemunho

Liturgia Diária:

Dia 17/10/2025 - Sexta-feira


Evangelho: Lucas 12,1-7

Entretanto, reunindo-se milhares de pessoas, de modo que se atropelavam, Jesus começou a dizer aos seus discípulos: “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há de encoberto que não venha a ser revelado, nem de oculto que não venha a ser conhecido. Portanto, o que dissestes nas trevas será ouvido à luz, e o que murmurastes ao ouvido, nos quartos, será proclamado sobre os telhados. Digo-vos, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu vos mostrarei a quem deveis temer: temei Aquele que, depois de matar, tem poder de lançar na Geena; sim, digo-vos, a esse temei. Não se vendem cinco pardais por duas moedinhas? E, no entanto, nenhum deles é esquecido diante de Deus. Até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais: valeis mais do que muitos pardais”.

Jesus adverte contra a hipocrisia e diz “não temais”; pardais voam ao redor; Deus conhece e valoriza cada vida. Formato 16:9.

Reflexão:

O Evangelho situa Jesus cercado por multidões; ele adverte os discípulos: “acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”. No sentido literal, o Senhor revela que nada ficará oculto: o segredo será proclamado; por isso, a vida deve ser verdade diante de Deus. Em seguida, ordena os temores: não temais os que matam o corpo; temei Aquele que pode lançar na Geena. Por fim, consola: nenhum deles é esquecido diante de Deus; até os cabelos estão contados; sois de muito maior valor.

Alegoricamente, o fermento indica doutrina e espírito que penetram o coração; Cristo, pão verdadeiro, quer discípulos sem duplicidade, levedados pelo Espírito Santo, não pela vaidade. Moralmente, aprendemos a falar às claras, sem cálculo de plateias; a temer ofender a Deus mais que perder prestígio; a confiar na Providência que sustenta os pequenos (cf. CIC 303). Anagogicamente, o juízo definitivo manifestará a verdade das vidas e coroará quem confessou o Nome com perseverança, até o martírio se necessário (cf. CIC 2473).

Celebramos Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir (+ c.107). A caminho de Roma, escreveu cartas inflamadas de Cristo: “Sou trigo de Deus e serei moído pelos dentes das feras para tornar-me pão puro” (Aos Romanos, 4). Nele, o santo temor torna-se ardor de caridade, e a hipocrisia perde espaço: o interior e o exterior coincidem na confissão do Senhor. Em outra carta testemunha: “Onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica” (Aos Esmirnenses, 8,2).

Aplicação: examinar fermentos que nos incham — dupla linguagem, culto de imagem, necessidade de aplauso. Decidir por simplicidade, retidão e coragem. Ordenar os medos: não negociar a fé por conveniências; pedir o dom do temor de Deus, que é filial, não servil (cf. CIC 1831).

Práticas concretas: exame diário, Confissão frequente, reparação de palavras ditas às escondidas, coerência no trabalho, caridade que prefere o oculto. Quando a prova vier, recordemos nossa dignidade: valemos mais que muitos pardais; o Pai cuida de nós; Cristo confessa diante do Pai quem o confessar diante dos homens (cf. Lc 12,8).

Com Maria e com Santo Inácio, supliquemos uma fé sem máscaras e um amor que, serenamente, aceita perder para ganhar Cristo. Que o Espírito Santo nos livre do fermento da duplicidade, fortaleça nossa confiança na providência, sustente os que sofrem perseguição, e nos faça testemunhas alegres, pobres de espírito e firmes na verdade, até oferecermos a vida inteira como culto agradável a Deus, para sempre.


Pensamentos para Reflexão Pessoal:

1. Que “fermentos” de hipocrisia preciso renunciar para viver na verdade diante de Deus?

2. Como ordenar meus medos para não negociar a fé por conveniências?

3. Que gesto oculto de caridade e reparação realizarei hoje, confiado na Providência?


Mensagem Final:

Jesus ordena nossos medos: não temer homens, mas amar e temer a Deus. Nada ficará oculto; valemos mais que muitos pardais. Com Santo Inácio, peçamos coragem para confessar Cristo com simplicidade e firmeza. Hoje, rejeite a duplicidade, repare palavras ocultas, reze pelos perseguidos, confesse-se e confie na Providência. Pratique humildade, esmola discreta, e testemunhe a verdade com caridade serena hoje.

Leitura Complementar:


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