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A Palavra que cala o inimigo e liberta

Atualizado: 6 de set.

Liturgia Diária:

Dia 02/09/2025 - terça-feira


Evangelho: Lucas 4,31–37

Tradução própria

Desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia; ensinava-os nos sábados. E se admiravam de seu ensinamento, porque sua palavra era com autoridade.

Na sinagoga havia um homem possesso de um espírito de demônio impuro, que gritou em alta voz:

“Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem és: o Santo de Deus!”

Jesus o repreendeu, dizendo: “Cala-te e sai dele!”. E o demônio, lançando-o no meio, saiu dele sem lhe causar dano.

Todos ficaram tomados de espanto e diziam uns aos outros: “Que palavra é esta? Com autoridade e poder manda aos espíritos impuros, e eles saem!”. E a sua fama espalhava-se por toda a região.

Jesus expulsa um demônio na sinagoga de Cafarnaum; autoridade divina, povo admirado — Lc 4,31-37, arte sacra hiper-realista.

Reflexão:

Jesus desce a Cafarnaum e ensina no sábado; sua palavra surpreende porque traz autoridade. No sentido literal, Lucas apresenta o primeiro confronto público com o poder do mal: um homem, na sinagoga, é tomado por um espírito impuro que reconhece em voz alta quem Jesus é: o “Santo de Deus”. Ao repreender: “Cala-te e sai dele!”, o Senhor manifesta autoridade eficaz; o demônio sai “sem lhe causar dano”, sinal messiânico de que chegou o Reino (cf. Lc 4,31‑37).

No sentido alegórico, a sinagoga simboliza a humanidade convocada por Deus e ferida pela opressão espiritual. Cristo, Palavra viva, entra para restaurar a ordem e inaugurar o “ano favorável” proclamado anteriormente. A sua autoridade não é mera força; é santidade que liberta. O Catecismo ensina que os exorcismos de Jesus manifestam a chegada do Reino e a derrota de Satanás (CIC 550); por sua Cruz, Ele vence o “forte” e reparte os despojos, resgatando os homens.

No sentido moral, aprendemos a não dialogar com tentações. Jesus não conversa com o espírito impuro; manda calar e sair. Também nós, em lutas interiores, precisamos unir prontamente a inteligência e a vontade à graça, recorrendo à oração, à Palavra, ao jejum e à confissão sacramental. A Igreja conserva o exorcismo simples do Batismo e, quando necessário, o exorcismo maior, sempre com prudência e autoridade de Cristo (CIC 1673).

No sentido anagógico, a libertação “sem dano” antecipa a salvação plena, quando Deus será tudo em todos. A assembleia admirada pergunta: “Que palavra é esta?”; a resposta é o próprio Cristo, Verbo eterno, cuja fama se difunde como luz. Santo Agostinho recorda que a confissão dos demônios não é fé salvadora, pois falta-lhes caridade e obediência (Agostinho, Sermões, 88, PL 38). Somos chamados a confessar Jesus com fé viva, que se traduz em obras.

Assim, o Evangelho nos envia à missão concreta: levar aos sofrimentos ocultos a presença mansa e forte do Senhor; discernir batalhas espirituais; rejeitar curiosidades obscuras; buscar direção na Igreja. A autoridade de Jesus continua agindo na pregação, nos sacramentos e na caridade. À Virgem Maria, humilde vencedora da serpente pela graça, confiemos nossas famílias, pedindo um coração atento que acolha a Palavra e recuse a voz que confunde. Recebamos hoje a autoridade do Verbo, escutando-o com fé, submetendo-nos à Igreja, e perseverando na caridade concreta que fecha as portas ao maligno e abre caminhos de paz, cura interior, serviço fraterno e alegre esperança.


Pensamentos para Reflexão Pessoal:

1. Em que situações cedo a diálogos interiores com a tentação, em vez de mandar calar pela Palavra e pela oração?

2. Qual passo concreto darei nesta semana para unir oração, jejum e caridade, buscando uma libertação específica?

3. Como posso acolher a autoridade de Cristo que atua na Igreja, especialmente pela Confissão e pela Eucaristia?


Mensagem Final:

Em Cafarnaum, a Palavra com autoridade cala o inimigo e liberta o homem. Hoje, Cristo visita nossa casa com o mesmo poder: escutemo-lo, renunciemos às trevas, busquemos os sacramentos e pratiquemos a caridade. Sob a proteção de Maria, confessemos Jesus com fé obediente, e deixemos que Ele reine em nossos pensamentos, afetos e escolhas. Para sua glória e nossa salvação.

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