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Curados para servir, enviados para evangelizar

Atualizado: 6 de set.

Liturgia Diária:

Dia 03/09/2025 - quarta-feira


Evangelho: Lucas 4,38–44

Tradução própria

Saindo da sinagoga, Jesus entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta, e pediram-lhe em favor dela. Inclinando-se sobre ela, repreendeu a febre; e a febre a deixou. Ela, imediatamente, levantou-se e pôs-se a servi-los.

Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes, atingidos por diversas enfermidades, conduziam-nos a Ele; impondo as mãos sobre cada um, curava-os. De muitos saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus!”. Mas Ele os repreendia e não lhes permitia falar, porque sabiam que Ele era o Cristo.

Ao amanhecer, saiu e foi a um lugar deserto. As multidões procuravam-no e chegaram até Ele, tentando impedi-lo de partir. Ele, porém, disse-lhes: “É necessário que eu anuncie a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso fui enviado”. E Ele continuava a pregar nas sinagogas da Judeia.

Jesus cura a sogra de Simão em Cafarnaum; pôr do sol e enfermos chegando para serem curados — Lc 4,38-44, arte sacra hiper-realista 16:9.

Reflexão:

Jesus entra na casa de Simão após a sinagoga; a sogra está com febre alta. Ele se inclina, repreende a febre, toma-a pela mão; ela se levanta e passa a servi-los. Ao pôr do sol, muitos enfermos e possessos são trazidos; impondo as mãos a cada um, cura-os e manda calar os demônios que o reconhecem. De madrugada, retira-se para rezar; as multidões tentam retê-lo, mas Ele declara: é preciso anunciar o Reino também a outras cidades, pois para isso foi enviado.

No sentido literal, Lucas evidencia a autoridade compassiva de Jesus: sua palavra e seu toque restauram, e seu silêncio imposto aos demônios evita confusão e publicidade imprópria (cf. Catena Aurea). O gesto de levantar a mulher e a menção “sem demora” da diaconia revelam a saúde reintegrada ao serviço.

No sentido alegórico, a casa de Simão figura a Igreja; a febre simboliza os ardores desordenados da humanidade. Cristo, Médico verdadeiro, cura as raízes do mal, e a caridade nasce como fruto imediato: quem é levantado por Cristo levanta-se para servir. A imposição das mãos antecipa a graça sacramental que comunica vida (CIC 1503–1506). Silenciar os espíritos aponta a pedagogia do Messias, que se revela pela fé e não pelo espetáculo; assim comenta São João Crisóstomo, que o Senhor não aceita testemunho do inimigo, para não dignificá-lo (Hom. in Matth.).

No sentido moral, aprendemos prontidão: curados, servimos. A sogra de Simão não retém a graça para si; converte-a em caridade concreta. Perseveremos na oração, pois Jesus parte de madrugada ao encontro do Pai, e dela flui a missão (CIC 2616). Evitemos curiosidade com o oculto; rejeitemos pactos, superstições, e procuremos discernimento na Igreja. A palavra que repreende a febre inspira nossa luta interior: renunciar vícios desordenados, ordenar afetos, reconciliar-nos, estender mãos a quem sofre.

No sentido anagógico, as curas sinalizam o mundo vindouro, quando Deus será tudo em todos. O “não me retenham” recorda que a salvação é para todos; o Reino deve ressoar “também em outras cidades” (CIC 543; 849). Santo Gregório Magno vê no pôr do sol os tempos difíceis em que Cristo não cessa de tocar feridas com misericórdia (Hom. in Evang.). Em cada Eucaristia, Ele entra em nossa casa, ergue-nos e envia. Saíamos, então, como discípulos missionários, testemunhando com palavras e obras a proximidade do Reino que cura, liberta e congrega. Que Ele reine em nós e conduza nossa missão com humilde coragem e fidelidade.


Pensamentos para Reflexão Pessoal:

1. Onde a “febre” do coração tem me impedido de servir prontamente?

2. Que gesto concreto de caridade posso assumir hoje como fruto de uma graça recebida?

3. Como cultivar a oração diária que sustenta minha missão e me preserva de curiosidades espirituais nocivas?


Mensagem Final:

Jesus entra em nossa casa, cura as febres do coração e nos põe de pé. Silencia o mal e envia-nos a servir. Busquemos a oração madrugadora que alimenta a missão, os sacramentos que restauram e a caridade que testemunha. Não o retenhamos: caminhemos com Ele, anunciando o Reino em cada cidade, família e trabalho. Com humildade, coragem, alegria e fidelidade.

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